A libido feminina, diretamente relacionada ao desejo sexual, é influenciada por uma complexa interação de fatores físicos e psicológicos. Dentre os fatores físicos, os hormônios desempenham um papel fundamental na regulação da libido da mulher. Cada hormônio impactará de forma significativa no funcionamento corporal adequado, sendo por esse motivo necessário que bem entendamos quais são eles, como regulam e como mantê-los em níveis adequados. Leia o post abaixo para ter todas as informações de que você precisa sobre hormônios e desejo sexual da mulher!
Inicialmente, existem vários hormônios que estão relacionados com a libido feminina, sendo que os principais são:
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Testosterona: embora seja conhecido como o hormônio masculino, a testosterona também é produzida pelas mulheres em menor quantidade. A testosterona é um hormônio essencial na regulação da libido feminina, uma vez que aumenta a sensação de desejo e melhora a lubrificação vaginal. Sua baixa produção gera o efeito reverso, podendo apresentar quadros de diminuição do desejo sexual, baixa na lubrificação, dentre outros sintomas.
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Estrógeno: o estrógeno é o principal hormônio feminino e é responsável pelo desenvolvimento dos órgãos reprodutivos da mulher, bem como pela regulação do ciclo menstrual. Além disso, o estrógeno também tem um papel importante na libido feminina, uma vez que aumenta o fluxo sanguíneo para a área genital, aumentando a sensibilidade e a lubrificação. Quando há uma diminuição em seus níveis, como na menopausa, por exemplo, é comum que a mulher apresente uma diminuição na libido e uma diminuição na resposta física à estimulação sexual.
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Progesterona: em menor grau que o estrógeno, a progesterona é outro hormônio feminino importante produzido pelos ovários após a ovulação. A progesterona tem um papel fundamental na preparação do corpo feminino para a gravidez, mas também pode afetar a libido feminina. O impulso mensal do desejo sexual está relacionado a um aumento na secreção deste hormônio durante e logo após a ovulação. Além disso, diante da deficiência em sua produção, a mulher pode apresentar sintomas como alterações de humor, ansiedade e diminuição da libido.
Um estudo de 2019 publicado na revista “Frontiers in Endocrinology” examinou a relação entre os níveis de testosterona e a libido feminina em mulheres na pós-menopausa. Os resultados mostraram que mulheres com níveis mais elevados de testosterona tinham uma libido maior do que aquelas com níveis mais baixos. Este é um exemplo de pesquisa que fornece informações valiosas, para podermos compreender como os desequilíbrios hormonais podem afetar a vida sexual das mulheres.
A prolactina é produzida pela glândula pituitária e de forma diversa dos hormônios citados acima, tem um efeito inibitório na libido feminina. Níveis elevados de prolactina podem prejudicar a produção de estrógeno e testosterona, acarretando, possivelmente, em uma diminuição do desejo sexual.
Percebe-se a relevância dos hormônios sobre a regulação da libido feminina, afetando tanto o desejo sexual, quanto a resposta física e corporal à estimulação. Quando os níveis hormonais estão equilibrados, a mulher tende a ter uma libido saudável e satisfatória. No entanto, quando há um desequilíbrio hormonal, a libido feminina pode ser afetada de diversas maneiras.
Conclui-se, portanto, que a queda na libido da mulher pode ser decorrente de diversos fatores. É importante lembrar que o estresse, a depressão e a ansiedade, além da própria idade biológica, também podem afetar a libido feminina, e que por este motivo, o tratamento deve ser individualizado e orientado por um profissional de saúde especializado.