Início » o que você precisa saber?

o que você precisa saber?

por Nossa Clínica

Uma das formas mais eficientes de realizar o tratamento de disfunções hormonais é pelo uso dos implantes, e isso se deve aos variados benefícios que este pode proporcionar, além de ser uma forma segura e eficiente utilizada. O implante normalmente é feito no tecido subcutâneo, por um profissional especializado e sob anestesia local. Sua aplicabilidade é múltipla, podendo ser utilizado, principalmente, durante o climatério, como tratamento dos sintomas causados pela queda de estrogênio; e como tratamento anticoncepcional, em especial para as mulheres que não se adaptam à pílula oral.

Como cada paciente possui um quadro específico de sintomas, a combinação hormonal deve ser individualizada. Ou seja, existem diferentes tipos de hormônios utilizados de acordo com a indicação para cada paciente. Vale lembrar que o implante libera constantemente o hormônio em sua corrente sanguínea, sendo essa liberação lenta e fisiológica, pois não promove picos e vales.

As contra indicações envolvem vários fatores e dependem do implante escolhido, sendo as mais comuns: gravidez, histórico de câncer, sangramento genital anormal não diagnosticado e reação alérgica a algum componente. Os implantes hormonais são variados, dentre eles estão, por exemplo, o implante de testosterona e etonogestrel.

Implante de testosterona

Uma das considerações para a terapia de testosterona em homens é a presença da síndrome clínica de hipogonadismo, um problema médico global que afeta múltiplas condições de saúde, que incluem o diabetes, síndrome metabólica, diminuição da densidade mineral óssea, mortalidade cardiovascular e afeta negativamente a saúde geral e a qualidade de vida.

Em relação às suas modalidades de administração, várias estratégias para entrega de testosterona foram usadas, incluindo injeções parenterais, adesivos, cremes e pílulas. Apesar disso, o uso de alguns desses métodos estão relacionados à efeitos adversos indesejáveis, como no caso das injeções parenterais de testosterona sintética, as quais levam a picos muito altos e grandes variações imprevisíveis nos níveis sanguíneos, levando à volatilidade e aumento dos efeitos adversos, além de estar associado a um risco aumentado de hepatotoxicidade.

A literatura mostra que nenhuma dessas modalidades de tratamento seria ideal para otimização hormonal de longo prazo e sua aceitabilidade limita sua utilidade. Diante disso, a terapia de implante hormonal subcutâneo tem se mostrado promissora em termos de eficácia do tratamento e eventos adversos, além de possuir alta eficiência para a terapia de reposição hormonal.

Implante de etonogestrel

A contracepção hormonal é a forma mais comum de controle de natalidade feminina. Quando usados corretamente, os anticoncepcionais hormonais podem agir interrompendo ovulação, bloqueando a implantação de óvulos fertilizados e/ou aumentando a secreção de muco cervical.

Existem vários tipos de contraceptivos hormonais, incluindo os implantes, que é o caso do etonogestrel, no qual pode ser encontrado no Nexplanon. O etonogestrel é um hormônio feminino sintético, semelhante à progesterona. Seu mecanismo de ação é principalmente através da inibição da ovulação, e também pelas alterações na mucosa cervical e no endométrio.

Implante de gestrinona

Por fim, a gestrinona mostrou-se eficaz no tratamento da dor associada à endometriose, com alívio dos sintomas semelhantes ao danazol ou análogos de Hormônio Liberador de Gonadotropina. Sua ação está relacionada ao bloqueio do desenvolvimento folicular e a produção de estradiol, assim como se liga aos receptores de androgênio e exibe efeitos agonistas e antagonistas ao se ligar aos receptores de progesterona.

Apesar dos seus benefícios, seu uso é limitado por sua baixa tolerabilidade devido aos seus efeitos adversos, que incluem a diminuição do colesterol HDL, aumento do colesterol LDL, ganho de peso, hirsutismo, seborréia e acne. Sendo que, esses efeitos estão relacionados aos efeitos androgênicos e antiestrogênicos da medicação.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Donovitz, Gary S. Low complication rates of testosterone and estradiol implants for androgen and estrogen replacement therapy in over 1 million procedures. Therapeutic advances in endocrinology and metabolism vol. 12. 27 May. 2021, doi: 10.1177/20420188211015238.

Manica, Daniela, and Marina Nucci. Sob a Pele: Implantes Subcutâneos, Hormônios E Gênero. Horizontes Antropológicos, vol. 23, no. 47, Apr. 2017, pp. 93–129, doi: 10.1590/s0104-71832017000100004.

Rosenthal, Margot A, and Sarah K McQuillan. What do I need to know about the etonogestrel-relesasing contraceptive implant (Nexplanon)?. Paediatrics & child health vol. 26,7 394-395. 27 May. 2021, doi: 10.1093/pch/pxab014.

Silveira, Gabriela, et. al. Pneumotórax catamenial: uma revisão. v. 7 (2019): Suplemento 1, (2019) ANAIS DA 16ª MOSTRA DE SAÚDE

Vercellini P, Somigliana E, Viganò P, Abbiati A, Barbara G, Crosignani PG. Endometriosis: current therapies and new pharmacological developments. Drugs. 2009;69(6):649-75. doi: 10.2165/00003495-200969060-00002. PMID: 19405548.

Williams, Natalie M et al. Hormonal Contraceptives and Dermatology. American journal of clinical dermatology vol. 22,1 (2021): 69-80. doi: 10.1007/s40257-020-00557-5.

Fonte original do Artigo

Você pode gostar

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Ler Mais