Endometriose e adenomiose são duas condições ginecológicas consideravelmente comuns, que podem causar múltiplos sintomas nas mulheres que as detém. Embora ambas sejam condições do sistema reprodutivo feminino que apresentam sintomas semelhantes, elas possuem diferenças significativas em termos de causas e tratamentos. Por esse motivo, é tão importante entender as peculiaridades de cada uma para possibilitar um devido diagnóstico.
A endometriose ocorre quando o tecido que normalmente reveste o útero cresce fora do órgão, geralmente em outros órgãos pélvicos, como os ovários, as trompas de falópio e o peritônio. Isso pode causar dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual e irregularidades menstruais, além de diversos outros sintomas. A endometriose é geralmente causada por um desequilíbrio hormonal e pode ser tratada com medicamentos que reduzem a produção de estrogênio (terapia hormonal), ou cirurgia para remover o tecido endometrial, a depender da gravidade do caso.
Já a adenomiose ocorre quando o tecido endometrial cresce dentro da parede muscular uterina, o miométrio. Geralmente não costuma apresentar sintomas, no entanto, algumas mulheres podem se queixar de dor pélvica, cólicas menstruais intensas e sangramento menstrual pesado. Assim como a endometriose, a adenomiose é causada por um aumento do estrogênio e de demais hormônios femininos e pode ser tratada com medicamentos hormonais ou cirurgia para remover parte ou todo o útero.
Embora tenham muitas características em comum, a endometriose e a adenomiose podem coexistir em uma mulher, mas é importante diferenciá-las, pois a abordagem do tratamento pode ser diferente. Como visto, a principal diferença entre elas é o lugar onde a doença se desenvolve.