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Contraceptivos Hormonais: Como eles Funcionam?

por Nossa Clínica

Hoje vamos falar sobre métodos contraceptivos hormonais! 
Pílula, implante, anel, adesivo ou injeção? Existem vários formatos!
Eu sou a Silvana, ginecologista da Dedicae e nesse post vamos conversar sobre os contraceptivos hormonais! 

Afinal, como funcionam os contraceptivos hormonais?

Tudo sobre métodos hormonais

São métodos à base de formas sintéticas dos hormônios femininos estrogênio e progesterona. Alguns desses métodos combinam os dois hormônios, enquanto outros têm apenas progesterona. 

Nosso corpo produz naturalmente esses hormônios ao longo do nosso ciclo menstrual, são eles que regulam quando ovulamos e quando menstruamos. Desse modo, os métodos hormonais vão introduzir formas sintéticas desses hormônios que vão “enganar” nosso corpo e alterar o funcionamento normal do ciclo menstrual. 

Alguns métodos atuam interrompendo a ovulação, ou seja, a liberação de óvulos pelos ovários, outros apenas dificultam o deslocamento dos espermatozoides por meio de um espessamento do muco cervical e outros tornam a parede do útero mais fina e impedem a implantação de óvulo fecundado.

Você com certeza conhece a pílula anticoncepcional, mas ela não é a única, existem vários outros métodos de contracepção por meio de hormônios. Eles são divididos em: oral, injetável, transdérmico, anel vaginal, DIU hormonal e implantes subcutâneos. 

Esse você com certeza conhece! 

Pílula Anticoncepcional

A pílula anticoncepcional pode ser combinada com os hormônios estrogênio e progesterona ou apenas progesterona. A principal ação é por interferência na ovulação, mas também modificam o endométrio e o muco do colo do uterino para dificultar a entrada e a sobrevivência dos espermatozoides. 

Os comprimidos devem ser ingeridos diariamente, no mesmo horário. Dependendo do tipo e da combinação hormonal, cada marca de pílula apresentará diferentes intervalos entre as cartelas, desde sete dias até o uso contínuo. 

Esse método apresenta uma alta taxa de eficácia contraceptiva, se usados corretamente  (sim, todo dia naquele mesmo horário), o risco de gravidez é de 0,3%! 

Além disso, apresentam alguns efeitos colaterais que podem ser desejáveis por algumas mulheres, como redução de fluxo menstrual e de cólica, redução de acne e de oleosidade da pele. Contudo, em algumas mulheres, podem provocar dor mamária, tontura, dor de estômago, alterações de humor e libido, ganho de peso, sangramento uterino irregular, dor de cabeça, trombose, acidente vascular cerebral (efeitos raros), entre outros.

“Como assim, injetável, Sil?”

Contraceptivo Hormonal Injetável 

Ele é semelhante à pílula em relação à combinação dos hormônios estrogênio e progesterona ou apenas progesterona. Ele também atua inibindo a ovulação e assim inviabilizando a fecundação. A diferença é que há um maior efeito sobre o endométrio e o muco do colo uterino, evitando a entrada e a sobrevivência dos espermatozóides. Se usado corretamente, o risco de gravidez é de 0,3% por ano de uso! 

Quando há a associação dos hormônios estrogênio e progesterona, uma dose do contraceptivo é aplicada mensalmente por meio de injeção intramuscular. Esse método mantém o fluxo menstrual nos intervalos das injeções. 

Essa dosagem possui apenas progesterona e sua aplicação é realizada a cada três meses. Ela suspende a menstruação, o que pode ser útil às mulheres com cólicas e fluxos elevados,  e tem como vantagem a elevada eficácia. Além disso, não é necessária a ingestão diária de comprimidos (viu esquecidinhas?).   Todavia, apresentam como desvantagem o ganho de peso, dor mamária, dor de cabeça, sangramento irregular. Não protege contra DSTs e não podem ser aplicados em mulheres que fazem uso de anticoagulantes pelo risco de formarem hematomas no local da injeção. 

“Eu já ouvi falar de um implante que também impede gravidez, como funciona?”

Implantes hormonais

São pequenos tubos (como palitos de fósforo) de 3-4 cm, que contém, principalmente, o hormônio progesterona e são inseridos sob a pele, especialmente na região do braço. Eles podem atuar por até três anos liberando o hormônio! Também existem opções que são inseridas na região do glúteo e podem conter os hormônios gestrinona, nestorone e acetato de nomegestrol. 

Os implantes agem como contraceptivo interferindo na ovulação. Diferentemente da pílula anticoncepcional, há uma maior atuação no endométrio e no muco, dificultando a entrada e sobrevivência dos espermatozoides. Portanto, se usados corretamente, o risco de gravidez é de 0,05%!

“Mas dói? Vai dar para ver?”

Não se preocupe, para inserir o implante, a médica faz uma pequena anestesia na pele, por onde introduz uma agulha especial para inserção do implante. E prontinho, em 5 minutos ela termina de colocar! Ele quase não dá para perceber, uma vez que estiver na sua pele. 

Esse método apresenta eficácia elevada e, com ele, também não é necessária a ingestão diária de comprimidos. Como suspende a menstruação, auxilia no controle da dor em mulheres que tenham problemas menstruais. Contudo, apresenta como desvantagens ganho de peso, dor mamária, sangramento irregular, queda de cabelo, diminuição de libido, acne, oleosidade da pele, depressão e não protege contra DSTs. 

“E o tal do anel vaginal?”

Anel vaginal

Ele é um anel de silicone maleável com cerca de 4 cm, que contém hormônio estrogênio e progesterona no seu interior. É introduzido na vagina onde se acomoda e permanece por três semanas liberando localmente seus hormônios, que serão absorvidos pela mucosa vaginal e vão para a circulação sanguínea. Assim, os efeitos contraceptivos são os mesmos da pílula  e possui uma alta taxa de eficácia, se usado direitinho, o risco de gravidez é de 0,5% por ano de uso! 

Sua aplicação é bem simples,  você mesma introduz o anel no interior da vagina, como se fosse colocar um absorvente interno. Não se preocupe, também existem aplicadores para ajudar a inserir o anel. 

Apresenta como vantagens os mesmos efeitos da pílula, sem ter que tomar comprimidos diariamente. Contudo, pode o anel vaginal provocar os mesmos efeitos colaterais, além de irritação vaginal, corrimento e a não proteção contra DSTs. 

Localização do anel vaginal na canal vaginal.

“E o adesivo? Como funciona?”

Adesivo cutâneo

Consistem em pequenos selos adesivos, com cerca de 2 cm, que são colados firmemente à pele e liberam hormônios (estrogênio e progesterona) que são absorvidos e liberados na circulação sanguínea. Atuam como os contraceptivos hormonais orais e, se usados corretamente, o risco de gravidez é de 0,3%. 

Para aplicar é muito simples! Você mesma cola o adesivo sobre a pele de regiões de pouco atrito como nádegas, lombar, ombro e troca a cada semana. Entretanto, pode apresentar os mesmos riscos dos outros métodos hormonais, além de poder provocar irritação da pele e não proteger contra DSTs.

“E o DIU Mirena, como funciona?”

DIU hormonal

Os dispositivos intrauterinos (DIUs) são pequenas peças de plástico no formato da letra “T” ou do número “7”, com cerca de 2,5 a 3cm introduzidas no interior do útero. 

Existem dois tipos: hormonais e metálicos. O hormonal, muito conhecido como DIU Mirena, libera pequenas quantidades de progesterona no interior do útero, provocando alterações do endométrio (camada que reveste o útero) e do muco do colo uterino, o que dificulta a entrada dos espermatozoides e a sua sobrevivência na área. Desse modo, se usado corretamente, o risco de gravidez é de 0,1%!

Localização do DIU no útero.

“A pílula do dia seguinte também é hormonal ne?”

Contraceptivo de emergência

A pílula do dia seguinte é uma contracepção de EMERGÊNCIA, utilizada para prevenir a gravidez após uma relação sexual desprotegida ou uma relação sexual em que o método utilizado não funcionou corretamente (ex.: rompimento do preservativo). 

Ela possui doses hormonais mais elevadas de estrogênio e progesterona do que a pílula contraceptiva normal e deve ser tomada até 72 horas após a relação sexual. Este método tem como objetivo inibir a ovulação ou retardar a fecundação. Caso a ovulação já tenha ocorrido, ele atua descamando o endométrio, impedindo a nidação (implantação do embrião na parede uterina). Assim, a pílula do dia seguinte é capaz de prevenir 3 em 4 gravidezes.

Existe um método contraceptivo para cada mulher! Caso você queira saber mais sobre métodos contraceptivos, estamos aqui! Conte sempre com a Dedicae!

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