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Como diminuir os efeitos da menopausa?

por Nossa Clínica

A menopausa é um marco de transição na vida das mulheres, definida por 12 meses de amenorreia, significando o fim da capacidade reprodutiva de uma mulher.

Sua chegada para muitas mulheres é sinônimo de alívio, em que elas libertam-se da dor, dos desconfortos e das ansiedades sobre a gravidez. Outro aspecto, é a visão da menopausa como um aspecto negativo, associando-a ao envelhecimento, que na maioria das culturas ocidentais possui uma conotação negativa.

Seja como for a perspectiva da mulher, a menopausa vem acompanhada por uma infinidade de efeitos que envolvem os sintomas e considerações de saúde, os quais podem afetar todas elas. Muitos desses sintomas, relacionam-se unicamente à perda de estrogênio, outros têm pelo menos um componente significativo relacionado ao envelhecimento. Nesse sentido, existem algumas estratégias que podemos utilizar para driblar os efeitos da menopausa!

Terapia de reposição hormonal!

A terapia de reposição hormonal é utilizada para aliviar os sintomas da menopausa, ou seja, é feita para complementar os hormônios que se encontram reduzidos nesse período. Seja na forma de estrogênio para as mulheres sem útero, seja na forma de estrogênio-progestagênio para mulheres com útero – essa combinação é utilizada para prevenir a hiperplasia ou câncer endometrial.

A reposição costuma ser feita por duas vias de administração: via oral ou transdérmica. Em geral, a reposição hormonal tem quatro indicações: na presença de sintomas vasomotores incômodos, ou seja, as ondas de calor e sudorese noturna, com ou sem despertar; na prevenção da osteoporose e redução de fraturas; na síndrome geniturinária da menopausa; na insuficiência ovariana prematura e menopausa natural precoce.

Pratique atividade física!

Além da terapia de reposição hormonal, muitas mulheres procuram métodos diferentes e alternativos para reduzir a gravidade dos sintomas da menopausa. A atividade física é um deles, na qual mostrou ser eficaz na redução dos sintomas da menopausa, na redução da perda óssea e no aumento da força muscular.

Definida como um comportamento que envolve o movimento humano, a atividade física resulta em atributos fisiológicos que incluem o aumento do gasto energético e a melhora na aptidão física. Apesar de serem bem esclarecidos os benefícios da atividade física, boa parte das mulheres de meia-idade não são suficientemente ativas.

Por exemplo, em 2018 Comitê Consultivo Científico do Royal College of Obstetricians and Gynecologists publicou informações de que mudanças no estilo de vida, como os exercícios aeróbicos regulares, a corrida e a natação, ou exercícios de baixa intensidade, como ioga, ajudam a reduzir os afrontamentos e suores noturnos.

A literatura também mostra que programas de treinamento resistido demonstram diminuir a frequência de ondas de calor em mulheres na pós-menopausa, além de ser uma forma de tratamento para aliviar os sintomas vasomotores.

Dessa forma, as mulheres que possuem níveis de atividade física altos e moderados apresentam sintomas da menopausa menos graves em comparação com mulheres inativas.

Tenha uma boa noite de sono!

Além do envelhecimento natural estar associado ao declínio do sono, muitos estudos também sugerem que a transição da menopausa aumenta a deterioração do sono.

Em uma pesquisa com 12.000 mulheres, mostrou-se que 40% delas relataram que a dificuldade para dormir correlacionou-se com o momento da transição da menopausa. Além disso, mulheres na pós-menopausa tinham mais dificuldade para adormecer e eram mais propensas a ter apneia obstrutiva do sono, quando comparadas com mulheres na pré-menopausa ou na perimenopausa.

Por esse motivo, é importante manter uma rotina de sono regular e com horários consistentes e suficientes para conferir benefícios à saúde. Uma dica é de que exposição à luz deve ser mínima! A melatonina, conhecida como hormônio do sono, aumenta seus níveis à medida que o dia escurece, tendo sua maior concentração no auge da escuridão. Quando nos expomos à luz, incluindo as dos aparelhos eletrônicos, nossas retinas captam sua presença e enviam esse sinal para o núcleo supraquiasmático, que por sua vez, diminui os níveis desse hormônio no organismo.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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