A testosterona é o principal hormônio sexual masculino, secretado principalmente pelos testículos e transportado no sangue pela globulina ligadora de hormônios sexuais. Esse hormônio possui várias funções no corpo, as quais incluem: o desenvolvimento dos órgãos reprodutores, aparecimento das características sexuais masculinas, ereção e libido, metabolismo, influência sobre a massa muscular, tecido adiposo e massa óssea.
Nesse sentido, à medida que envelhecem os níveis de testosterona nos homens diminui e essa deficiência androgênica relacionada à idade, conhecida como hipogonadismo de início tardio, contribui para vários sintomas. Esses sintomas, como os descritos a seguir, são chamados coletivamente de andropausa e são semelhantes aos sintomas da menopausa nas mulheres.
Redução da libido e disfunção erétil
A testosterona tem várias funções no nosso corpo, dentre elas está a ereção e a libido. Assim, quando se tem concentrações excepcionalmente baixas desse hormônio no organismo masculino, pode-se observar uma redução da libido, bem como a disfunção erétil.
Redução da massa muscular
No metabolismo muscular a testosterona se apresenta como um importante estimulador na síntese de proteínas, que ocorre devido a interação do hormônio com seu receptor específico na célula muscular. Além disso, o hormônio em questão influencia a produção de força e isso se deve ao estímulo para transição das fibras do tipo II a um perfil mais glicolítico, ao aumento da liberação do fator de crescimento semelhante à insulina I e a influência na síntese de neurotransmissores importantes para a contração muscular.
Além disso, a relação da testosterona e massa muscular também envolve o estímulo da síntese de proteínas e a captação de aminoácidos, colaborando para a hipertrofia muscular. Dessa forma, níveis reduzidos de testosterona circulante podem prejudicar esse processo!
Outrossim, estudos transversais com homens de meia-idade mostram que os níveis circulantes de testosterona está inversamente associada ao índice de massa corporal (IMC), isto é, concentrações totais de testosterona são mais de 20% menores em homens com IMC 30 kg/m² ou mais, em comparação com aqueles com IMC na faixa normal.
Risco para diabetes
A literatura mostra que homens que apresentam concentrações totais de testosterona mais baixas são mais propensos a ter síndrome metabólica e manifestar resistência à insulina. Estado que é provavelmente mediado pela relação de baixa testosterona total circulante e SHBG, principal proteína transportadora de testosterona na circulação, com a obesidade central e excesso de adiposidade.
Além disso, estudos epidemiológicos associaram também as menores concentrações totais de testosterona ou SHBG com maior risco de diabetes mellitus tipo 2 em homens. Ademais, quando se tem a associação dos baixos níveis de testosterona, piora da composição corporal, obesidade e a síndrome metabólica, observar-se um maior risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2.
Perda de massa óssea
A deficiência de testosterona pode prejudicar a manutenção e a renovação da massa óssea, ou seja, a baixa testosterona livre está associada a menor densidade óssea e maior risco de fraturas. Ainda, a literatura mostra que homens mais velhos com deficiência total de testosterona ou estradiol eram mais propensos a serem osteoporóticos, enquanto homens mais velhos com deficiência total de testosterona eram mais propensos a sofrer uma rápida perda óssea subsequente.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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