Quem ainda sente medo só de pensar em sair de casa? Boa parte da população, ainda convive com esse receio. A pandemia chegou há mais de um ano e mudou completamente a nossa rotina, e os impactos dessa mudança podem ser percebidos diretamente na saúde do coração.
Estamos enfrentando a pandemia da Covid-19, e infelizmente, por medo de se arriscar e acabar prejudicando sua saúde e dos familiares, muitas pessoas estão deixando os cuidados com a saúde de lado.
Muitas vezes, o medo, a ansiedade, as frustrações e a insegurança diante da situação, acabam gerando tamanho desconforto psicológico, que acabam refletindo na saúde, podendo desencadear hipertensão, palpitações, sensação de aperto no peito e entre outros.
Pacientes cardiopatas, especialmente os idosos, devem ter ainda mais cuidado. Além de todos os fatores acima, deixar de comparecer às consultas de rotina, realizar exames periódicos e parar de tomar medicação sem o aval médico por medo de ir ao hospital é se expor a um grande risco.
Mas não são só os mais velhos que precisam de atenção. Segundo estudos recentes, a taxa de ansiedade entre os jovens que era de 12,9%, passou para 25,2% durante a pandemia.
Como se sabe, a angústia crônica é um importante causador de doenças cardiovasculares, prejudicando o funcionamento normal do coração.
Cuide da saúde do coração
Dados apontam que diante da situação pandêmica, os cuidados com a saúde do coração têm diminuído consideravelmente.
Uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) e pela Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) em março de 2021, revelou que 43% dos pacientes reduziram consultas durante a pandemia.
“O reflexo da Covid-19 na saúde dos brasileiros será sentido ao longo dos próximos anos, pois a prevenção foi deixada de lado e causará um impacto inevitável, principalmente no caso das doenças crônicas que necessitam de constante monitoramento.”, comenta Carlos Eduardo Gouvêa, presidente executivo da CBDL.
Combate aos fatores de risco
Cardiopatias: “os sintomas de um infarto agudo do miocárdio ou de descompensação de insuficiência cardíaca podem estar mascarados pelos sintomas do novo coronavírus. Por isso é importante que os pacientes cardiopatas sigam o tratamento corretamente, além de estar em dia com as vacinas e lavar as mãos com elevada frequência”, orienta Dr. Felix Ramires, segundo o (HCOR) – Associação Beneficente Síria.
Obesidade: a obesidade se trata de um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, o que se torna ainda mais preocupante quando consideramos o aumento da população com sobrepeso e obesidade por conta do novo estilo de vida adotado durante a pandemia.
“A pandemia do novo coronavírus complica a situação [da obesidade], pois leva a um confinamento da população, reduzindo a prática de atividade física e aumentando a ingestão alimentar”, explica Paulo Rosenbaum, endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
Procure ajuda médica
Não deixe de seguir o tratamento recomendado pelo seu médico. Se a sua receita vencer ou se chegar a hora de se consultar novamente com o especialista, compareça.
Clínicas e hospitais estão redobrando os cuidados para que esse seja um ambiente seguro para todos. Caso você sinta algum dos sintomas relacionados à cardiopatias, não hesite em procurar ajuda.
Aos poucos, estamos voltando à normalidade. Enquanto isso, continue se prevenindo, use máscara, aplique sempre o álcool em gel nas mãos e evite aglomerações.
A Abreu Cardiologia, especialista em saúde do coração, está à disposição para te atender e fornecer o suporte necessário nesse momento tão delicado que estamos passando.