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Por que brigamos com um diagnóstico se ele nos desagrada?

por Nossa Clínica

Segundo a Organização Mundial de Saúde, estar saudável significa bem estar físico, psíquico, social e espiritual, e não necessariamente ausência total de enfermidades.  Os termos Saúde e Doença não são conceitos rígidos e estáticos, e sim formas do nosso organismo dar sentido e se adaptar às demandas do meio e da nossa relação com ele.

Então, para uma pessoa ser considerada saudável, ela não precisa necessariamente não apresentar nenhum sintoma ou diagnóstico. Sendo assim, doente pode ser considerada a pessoa que não se adapta frente às necessidades, que rejeita e se paralisa diante das mudanças e demandas; que não se autorregula de maneira criativa. E criativa aqui não significa lúdica, mas sim do verbo criar.  

Existe um grupo de pessoas porém que parece “brigar” com seu diagnóstico principalmente quando se trata de uma doença crônica, ou seja, aquela doença que provavelmente irá acompanhar a pessoa por toda a vida.   Por vezes escutamos que “sou muito novo (a) para tomar remédio para vida toda” ou “mais para frente eu vejo isso”, até que muitas vezes a própria pessoa acaba se colocando em maior risco.

Esse comportamento com certeza vai ter um sentido específico na vida de cada um. E esse sentido é desvendado através de um trabalho de autoconhecimento, incluindo a psicoterapia como alternativa eficaz e eficiente.

Entretanto, podemos, de maneira geral, tentar compreender primeiramente sobre o diagnóstico em si. Em que momento esse diagnóstico aparece na vida da pessoa? Como será que ele pode se relacionar com o contexto de vida dela? O que o corpo dessa pessoa pode estar passando como mensagem para ela? Todas essas são reflexões que nós podemos ter diante de nossas vidas e sintomas que nos aparecem.

Seja tomar insulina para o diabético, ter uma alimentação balanceada para controle e/ou auxílio de taxas hormonais ou até inflamações, fazer exercícios específicos para uma lombalgia ou mesmo utilizar de certa medicação todos os dias, são formas de autocuidado.

Podemos então entender e refletir como a pessoa vê e se relaciona com esse diagnóstico. Ela aceita ou renega? Ela se responsabiliza por si mesma, incluindo sua própria saúde? Ela acredita que aceitar esse diagnóstico e os cuidados advindos dele significa aceitar que é fraca ou incapaz?

Neste momento é importante lembrar que o ser  saudável é  aquele que concebe Saúde e Doença de forma integrada; que se adapta e cria as melhores estratégias para lidar com suas limitações e seu próprio e único contexto de vida.

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