O Dia Nacional de Enfrentamento ao Glaucoma é celebrado no dia 26 de maio no Brasil e visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento do glaucoma, uma doença ocular que pode levar à perda progressiva da visão e até mesmo à cegueira.
Realizar exames oftalmológicos regulares é fundamental, especialmente para pessoas com histórico familiar de glaucoma ou outras doenças oculares.
Saiba mais sobre essa doença e entenda a importância dessa data simbólica!
Dia Nacional de Enfrentamento ao Glaucoma
O Dia Nacional de Enfrentamento ao Glaucoma é uma data importante para conscientizar a população sobre os riscos do glaucoma e a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
A data foi instituída pela Lei nº 10.456, de 13 de maio de 2002 e se trata de um momento de reflexão e informações sobre essa doença, que afeta milhares de pessoas no Brasil e no mundo.
O glaucoma é uma das principais causas de cegueira irreversível no mundo, afetando cerca de 70 milhões de pessoas em todo o planeta, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, estima-se que existam mais de dois milhões de pessoas com glaucoma, sendo que cerca de 50% delas não sabem que têm a doença, conforme relatórios da Sociedade Brasileira de Glaucoma.
Além disso, dados do Ministério da Saúde mostram que o glaucoma é a segunda maior causa de cegueira no país, perdendo apenas para a catarata.
Segundo a publicação “Condições de Saúde Ocular 2019”, elaborada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), de 2% a 3% da população brasileira acima de 40 anos possui a doença. O número representa aproximadamente 1,5 milhão de pessoas.
Glaucoma: principais dúvidas das pessoas
Apesar de ser uma doença relativamente frequente, ainda existem muitas dúvidas sobre o glaucoma, como suas causas, fatores de risco e tratamentos disponíveis. Confira algumas delas e suas respostas.
1. O que é o glaucoma?
O glaucoma é uma doença ocular que afeta o nervo óptico e pode levar à perda irreversível da visão.
O humor aquoso – líquido que preenche o espaço dentro do olho – quando é produzido em excesso ou não é drenado corretamente, aumenta a pressão intraocular. Essa pressão elevada pode comprimir as fibras nervosas do nervo óptico, provocando danos irreversíveis e, eventualmente, levando à perda da visão.
Outros fatores também podem contribuir, como má circulação sanguínea e o estresse oxidativo, que podem prejudicar a função das células nervosas do olho.
2. Glaucoma dá algum sinal?
Geralmente, o glaucoma não apresenta sintomas, até que haja perda significativa da visão. Por isso, é importante fazer exames regulares com oftalmologista para detectar a doença precocemente.
Às vezes, o glaucoma pode causar dor nos olhos, visão embaçada ou halos ao redor das luzes, mas esses sintomas são raros.
3. Quais fatores favorecem o glaucoma?
Como dito no tópico 1, glaucoma é causado pelo aumento da pressão intraocular, que danifica o nervo óptico e leva à perda de visão. Os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento do glaucoma são o envelhecimento (acima dos 40 anos), histórico familiar da doença, miopia, diabetes, hipertensão arterial e uso prolongado de corticoides.
4. Como é feito o diagnóstico de glaucoma?
O diagnóstico do glaucoma é feito por meio de exames oftalmológicos, como a medição da pressão intraocular, exame de fundo de olho e campo visual. O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento.
5. Quais os possíveis tratamentos?
Em geral, o tratamento inicial para o glaucoma costuma ser com o uso de colírios para reduzir a pressão ocular, que devem ser usados de forma contínua, além do acompanhamento com o oftalmologista.
A depender do grau de avanço do problema e da resposta de cada paciente, pode ser indicada cirurgia.
6. O que fazer para prevenir?
Não há uma forma conhecida de prevenir o glaucoma, mas a detecção precoce e tratamento adequado podem evitar a progressão da doença e a perda irreversível da visão.
Por isso, é importante fazer exames oftalmológicos regulares, especialmente após os 40 anos, e manter hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, prática de atividades físicas e não fumar.
7. Quais são os tipos de glaucoma?
Existem diferentes tipos de glaucoma, sendo os mais comuns o glaucoma de ângulo aberto e o glaucoma de ângulo fechado.
O glaucoma de ângulo aberto é caracterizado pelo aumento gradual da pressão intraocular e é a forma mais comum da doença. Já o glaucoma de ângulo fechado é causado pelo bloqueio súbito do fluxo de líquido dentro do olho e é menos comum.
Outros tipos de glaucoma incluem o glaucoma congênito, que é uma forma rara que ocorre em bebês e crianças, e o glaucoma secundário, que é causado por outras condições médicas, como uveíte, trauma ocular ou uso de medicamentos específicos.
8. É possível ter glaucoma em apenas um olho?
Sim, é possível ter glaucoma em apenas um olho. No entanto, a doença geralmente afeta ambos os olhos, embora em diferentes graus.
Por isso, é importante fazer exames oftalmológicos regulares em ambos os olhos para detectar a doença precocemente e evitar a perda irreversível da visão.
9. O glaucoma tem cura?
Infelizmente, não há cura para o glaucoma. No entanto, com o tratamento adequado, é possível controlar a pressão intraocular e evitar a progressão da doença. O tratamento deve ser feito de forma contínua e acompanhado por um oftalmologista.
10. Existe relação entre diabetes e glaucoma?
Sim, o diabetes pode aumentar o risco de desenvolver glaucoma. Isso ocorre porque essa condição danifica os vasos sanguíneos dos olhos, o que pode afetar a drenagem do fluido intraocular e aumentar a pressão dentro do olho.
Além disso, a diabetes também pode causar neuropatia diabética, o que afeta o nervo óptico e aumenta o risco de desenvolver glaucoma.
11. O glaucoma pode ser hereditário?
Sim, o glaucoma pode ser hereditário. Algumas formas da doença são causadas por mutações genéticas e podem ser transmitidas de pais para filhos.
No entanto, nem todas as formas de glaucoma são hereditárias. Pessoas com histórico familiar de glaucoma devem fazer exames oftalmológicos regulares para detectar a doença precocemente.