Você sabia que homens e mulheres têm tendências – genéticas e comportamentais – que elevam o risco para certos problemas de visão?
Em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, vamos listar neste artigo os problemas visuais mais frequentes no sexo feminino e por quê, além de apresentar cuidados oculares específicos para elas.
Vamos lá?
Dia Internacional das Mulheres
O estabelecimento dessa data está relacionada a uma sucessão de acontecimentos, sendo o mais marcante quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova Iorque exigindo a redução das jornadas de trabalho, melhores salários e direito ao voto, em 1909 nos Estados Unidos.
Mas foi na Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, em agosto de 1910, em Copenhague, na Dinamarca, que a alemã Clara Zetkin abriu uma votação sobre o princípio de um Dia Internacional.
Nesse período, as reivindicações das mulheres contra a discriminação no emprego e pelo direito ao voto cresciam nos países industrializados.
Então, a data foi celebrada, não oficialmente, pela primeira vez em 1911, na Áustria, na Dinamarca, na Alemanha e na Suíça. E seu centenário foi comemorado em 2011.
Mas o Dia Internacional das Mulheres só foi oficializado em 1975, quando a ONU começou a comemorar a data.
Existem problemas de visão mais frequentes nas mulheres?
Sim, as mulheres são mais suscetíveis a terem problemas devidos a aspectos colaboram para isso, como:
- Questões hormonais – As alterações hormonais, tão comuns nas mulheres, podem afetar a visão. Durante os períodos menstruais, por exemplo, algumas mulheres podem experimentar olhos secos ou sensibilidade à luz. Durante a gravidez, os níveis hormonais elevados podem alterar a forma como a retina processa a luz e causar distúrbios visuais temporários.
- Idade – Mulheres têm maior expectativa de vida que os homens, o que significa que são mais propensas a desenvolver problemas de visão relacionados à idade, como degeneração macular e catarata.
- Lentes de contato – Elas costumam usar lentes de contato com mais frequência que eles, o que aumenta o risco de infecções oculares.
- Fatores genéticos – Alguns problemas de visão, como a degeneração macular e o glaucoma, têm uma base genética. As mulheres podem ser mais propensas a herdar esses genes e, portanto, ter maior risco de desenvolver essas condições.
Vale lembrar ainda que, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), questões socioeconômicas, como diferenças educacionais e financeiras em relação aos homens, podem dificultar o acesso a serviços de saúde e aquisição de medicamentos pelas mulheres.
Veja também: 10 doenças nos olhos mais comuns que você deve conhecer
Quais são as doenças de visão que mais afetam as mulheres?
Alguns dos problemas de visão mais comuns nas mulheres são:
Catarata
Um dos fatores que podem elevar o risco de catarata nas mulheres está relacionado à menopausa, pois nessa situação o organismo reduz a circulação de estrogênio e altera uma das camadas que formam o cristalino (lente natural dos olhos).
A catarata reduz a transparência dessa lente natural, diminuindo a capacidade de visão. Caso não seja tratado em tempo, pode levar à cegueira.
Tratamento
Não existe nenhum tratamento clínico para a doença, e a única maneira eficaz para solucionar a catarata é a cirurgia. O procedimento cirúrgico consiste na troca do cristalino opaco por uma lente artificial 100% transparente. O procedimento é rápido, seguro e o paciente já retorna em seguida para casa.
Glaucoma
O glaucoma é caracterizado por alterar o nervo óptico e levar a danos irreversíveis nas fibras nervosas, trazendo como consequência para a pessoa a perda do campo visual. Esse problema também pode estar relacionado a inflamações e tumores nos olhos.
Entre os principais sintomas estão as dores nos olhos e na cabeça, perda do campo de visão e surgimento de contorno nos objetos.
Além disso, esse problema de visão pode levar à cegueira, caso não seja tratado da maneira adequada.
Tratamento
O glaucoma pode ser tratado com colírios específicos, receitados por um(a) oftalmologista; geralmente destinados a baixar a pressão intraocular. Em situações mais graves, pode ser indicado tratamento cirúrgico.
Síndrome do olho seco
Essa é uma condição que altera a produção ou a qualidade das lágrimas, provocando o ressecamento do olho, da conjuntiva e da córnea. Alguns sintomas comuns da síndrome do olho seco podem ser forte vermelhidão, ardência e irritação excessiva dos olhos.
A síndrome pode estar relacionada ao uso de antidepressivos, alterações hormonais, doenças autoimunes, como lúpus, e problemas decorrentes da gravidez, além de fatores ambientais, como clima quente e seco, tabagismo e ar condicionado.
Tratamento
Diferentemente dos casos acima, os possíveis tratamentos para a síndrome do olho seco costumam ser simples, e a melhora em geral é rápida. Oftalmologistas costumam prescrever colírios hidratantes específicos, também chamados de lágrimas artificiais.
Além disso, também é recomendado a redução da exposição dos olhos às condições agravantes: como passar muito tempo olhando para telas de aparelhos eletrônicos.
Consulta médica: o melhor cuidado!
Agora que você já conhece algumas doenças que requerem cuidados oculares específicos para elas e os seus sintomas, é importante lembrar que é fundamental manter uma rotina de visitas regulares ao oftalmologista – de seis em seis meses – ou a qualquer momento, em caso de necessidade.