Segundo dados de especialistas em ginecologia e oncologia, divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, sendo a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de mama e colorretal. Esse tipo de câncer é causado principalmente pelo HPV, o papilomavírus humano, podendo se manifestar através de verrugas na mucosa da vagina, do ânus, da laringe e do esôfago, ser assintomático ou causar lesões detectadas por exames complementares.
Como prevenir o câncer de colo do útero?
Quando se trata de câncer, algumas ações preventivas podem ser feitas para evitar esse e outros tipos. Essas medidas que fazem parte do grupo chamadas de prevenção primária, como, por exemplo, manter uma alimentação saudável, não fumar, fazer exercícios físicos regularmente e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
Estas atitudes preventivas para evitar o surgimento da doença e diagnosticar precocemente são as alternativas mais benéficas para conseguir êxito no tratamento. No caso do câncer de colo de útero não é diferente, entretanto, existem medidas mais especificas que devem ser usadas, essas ações são chamadas de prevenção secundária.
O principal objetivo das ações da prevenção secundária é identificar e tratar doenças pré-malignas ou cânceres assintomáticos iniciais. Tais medidas estão relacionadas à diminuição do risco de contágio pelo papilomavírus humano (HPV), tal vírus tem a transmissão por via sexual, através de lesões microscópicas causadas por atrito na mucosa ou na pele da região anogenital. Sendo assim, o uso de preservativos (camisinha) durante as relações sexuais com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer através do contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.
A forma mais eficaz de prevenção é a vacina contra o HPV, sendo mais eficaz se aplicada antes do início da vida sexual. Em 2014, o Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal a vacina tetravalente contra o HPV para meninas e, em 2017, para meninos. A vacina resguarda contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.
Além das vacinas, pode ser feito o monitoramento da doença por meio do exame de Papanicolaou, que é o procedimento médico realizado por um ginecologista utilizado para coletar células do colo de útero que irão ser analisadas para identificação de câncer ou pré-câncer, amostras do exame também podem ser utilizadas para verificar a existência do HPV. Conforme orientações do Ministério da Saúde, a realização do exame de Papanicolaou prioriza o grupo etário de 25 a 64 anos, devendo ser feito uma vez ao ano e, se o resultado for negativo por 2 anos consecutivos, especialistas em ginecologia informam que pode-se passar a fazer apenas de 3 em 3 anos.
É importante destacar que a consulta ao ginecologista deverá ser feita regularmente, bem como o monitoramento de outras doenças como o câncer de mama são de suma importância, em especial após os 40 anos. Aqui na Clínica SiM você encontra profissionais especializados em mastologia e ginecologia, marque sua consulta aqui.